Putin felicita Biden pela vitória presidencial, espera que a cooperação baseada no respeito sirva os interesses dos EUA, da Rússia e de todo o mundo


O Presidente russo Vladimir Putin felicitou formalmente Joe Biden pela sua vitória nas eleições presidenciais americanas de Novembro, após o candidato democrata ter sido anunciado como presidente eleito pelo Colégio Eleitoral, na segunda-feira.
Putin desejou a Biden um mandato bem sucedido e afirmou pessoalmente “estar pronto para a cooperação e contactos” com o seu homólogo seguinte, explicou o Kremlin, na terça-feira de manhã. A mensagem do presidente russo prosseguiu, dizendo que apesar das suas diferenças os EUA e a Rússia podem, em conjunto, ajudar a resolver muitos dos problemas do mundo.
O cabo foi enviado após o Colégio Eleitoral designado Biden como presidente eleito, tornando oficial a sua vitória eleitoral. Desde a eleição do mês passado, o seu adversário, o Presidente Donald Trump, recusou-se a ceder. O Kremlin disse anteriormente que esta questão do protocolo impediu Putin de felicitar Biden mais cedo.
A decisão de Moscovo de se afastar da disputa nos EUA sobre o resultado das eleições contrastou com a reacção de muitos outros governos. Biden foi reconhecido como o próximo presidente americano pela maioria dos líderes ocidentais logo após a votação.
A Rússia, contudo, disse que era “adequado esperar pelos resultados oficiais”, na ausência de uma concessão formal, referindo-se à certificação dos resultados pelos Estados e a uma votação pelo Colégio Eleitoral.
“O actual presidente anunciou certos procedimentos legais. Isto é o que torna a situação diferente. Por conseguinte, acreditamos ser correcto esperar pelo anúncio dos resultados oficiais das eleições”, explicou o porta-voz de Putin, Dmitry Peskov.
Durante quatro anos, a Rússia foi acusada por muitas figuras públicas nos EUA de se imiscuir nas eleições presidenciais de 2016, a favor de Donald Trump. Moscovo negou qualquer interferência e disse que foi utilizada como bode expiatório numa disputa política interna dos EUA.
RT