ONU: , “a Guiné-Bissau obteve progressos notáveis na reforma e fortalecimento das suas instituições estatais” Bintou Keita


O Escritório Integrado da ONU na Guiné-Bissau, Uniogbis, encerrou neste último dia do ano o seu trabalho no país cumprindo assim o mandato do Conselho de Segurança.
Em nota, o secretário-geral, António Guterres, expressou gratidão ao governo e ao povo da Guiné-Bissau pela forte parceria com o Uniogbis e o Sistema as Nações Unidas.


Guterres agradeceu apoio do povo e governo da Guiné-Bissau, ONU News
Apoio
Ele elogiou todos os parceiros regionais e internacionais por seu compromisso inabalável e contribuição para a paz e estabilidade na Guiné-Bissau, bem como por sua sólida parceria com o Uniogbis.
Guterres também expressou “profunda gratidão à liderança e ao pessoal do Escritório, no passado e no presente, por seus esforços incansáveis e dedicação na implementação do mandato da Missão apesar do ambiente político desafiador.”
O chefe da ONU reafirmou o compromisso de acompanhar o povo e o governo do país em seus esforços para implementar as reformas urgentes destacadas no Roteiro da Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental, Cedeao, e no Acordo de Conacri, bem como para alcançar a paz e o desenvolvimento sustentáveis.
Direitos humanos
As missões políticas especiais da ONU estão na Guiné-Bissau há 21 anos.
Primeiro, entre 1999 e 2009, esteve presente o Escritório de Apoio à Consolidação da Paz na Guiné‑Bissau, Unogbis, seguindo-se o Uniogbis em 2009.
Em nota, o Departamento de Assuntos Políticos e Construção da Paz da ONU, Dppa, disse que as missões “contribuíram para os esforços nacionais de paz e consolidação democrática, Estado de Direito, promoção dos direitos humanos e integração da perspectiva de gênero, bem como a luta contra o tráfico de drogas e o crime organizado.”
Agora, essa fase de apoio da ONU está em transição.
Em 2018, foi realizada uma avaliação estratégica independente que recomendou a retirada gradual e o fechamento do Uniogbis e a continuação das suas prioridades pela equipe da ONU no país, o Escritório das Nações Unidas para a África Ocidental e o Sahel, Unowas, e outros parceiros regionais e internacionais.


Secretária-geral assistente para África, Bintou Keita, no Conselho de Segurança, Foto ONU/Loey Felipe
Conquistas
Para marcar o seu encerramento, o Uniogbis realizou um evento na capital Bissau, em 11 de dezembro.
A secretária-geral assistente para a África, Bintou Keita, transmitiu a gratidão de António Guterres à representante especial do secretário-geral, Rosine Sori-Coulibaly, e a todos os funcionários do Uniogbis.
Keita afirmou que, nas últimas duas décadas, “a Guiné-Bissau obteve progressos notáveis na reforma e fortalecimento das suas instituições estatais e na manutenção de uma estabilidade relativa.” Segundo ela, “o reposicionamento de uma equipe de missão das Nações Unidas ao país é uma prova desse progresso.”