Ministro do Interior diz herdar cerca de 5 mil novos agentes no ministério


O Ministro do Interior denunciou esta terça-feira 14 de Julho de 2020 ter herdado do governo anterior cerca de 5 mil novos efectivos no ministério. Afirmando que “não se pode admitir recrutamentos sem que seja respeitado as regras básicas para a sua realização “
” O Ministro do Interior está preocupado com o número elevado dos novos a gentes no ministério. Esses não têm mínimo formação para poder desempenhar as funções. O mais grave é quando deixamos na mão dos mesmos, armas de fogo sem que tenham noção de como manobrar. Não podemos recrutar novos agentes sem que seja respeitado as regras básicas para o efeito, por isso, já falamos com o governo no sentido de fazer um novo recrutamento, respeitando as regras ” Sublinhou
Botche Candé falava na Assembleia Nacional Popular no ato da sua interpelação pelos deputados da Nação sobre diferentes assuntos que estão sob a alçada do seu Ministério.
Na ocasião os deputados instaram o pronunciamento do Ministro em relação as denúncias de ameaças e espancamento pelos indivíduos desconhecidos que os deputados e cidadãos comuns têm vindo a ser alvos.
Botche Candé, lamentou tendo anunciado que os deputados em causa já dispõem de seguranças pessoas, aliás, diz mesmo que qualquer cidadão que sentir ameaçado pode dirigir ao Ministério a fim de solicitar segurança. Esclarecendo que a presença nas ruas da Polícia de Intervenção Rápida (PIR), visa apoiar os outros departamentos e não para ” espancar os cidadãos “
Uma outra preocupação levantada pelos deputados tem a ver com as coimas cobradas aos cidadãos rurais que utilizam motorizadas para transportar doentes e grávidas.
Botche Candé, lamentou tendo garantido que essas praticas não fazem parte das orientações do ministério. Afirmando que haverá isenção de multa para os motoristas que transportam mulheres grávidas e doentes nas tabancas para efeito de tratamento médico nos centros de saúde regionais.
Saliente-se que a interpelação do Ministro do Interior não contou com a presença da bancada parlamentar do Partido Africano para Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), alegando não reconhecer o atual governo liderado pelo Nuno Gomes Nabiam. Facto lamentado pelo Ministro Botche Candé.