Mamadu Camará “Apesar de contribuir para o cofre de Estado Bolama Bijagós continua no esquecimento”


” A região de Bolama Bijagós contribui com bolos importantes para o cofre do Estado, mas, constata-se o fraco nível de investimento quer do Estado como de outras organizações e parceiros do governo nesta região insular” disse Mamadú Camará
O assessor para administração e poder local do Ministro da Administração Territorial afirmou esta quinta-feira 03 de Dezembro de 2020 que A região de Bolama Bijagós contribui com bolos importantes para o cofre do Estado, mas, constata-se o fraco nível de investimento quer do Estado como de outras organizações e parceiros do governo nesta região insular.
” A região de Bolama Bijagós contribui com bolos importantes para o cofre do Estado através de Pesca, Turismo e biodiversidade, mas paradoxalmente constata-se o fraco nível de investimento quer do Estado como de outras organizações e parceiros do governo nesta região insular. Disse
Mamadú Camará, falava a abertura do Workshop participativo para elaboração do plano regional de desenvolvimento estratégico e espacial nacional e o plano regional Bijagós 2030 que decorre numa das unidades hoteleiras de Bissau que conta com a participação delegados de diferentes setores da região de Bolama Bijagós.
” O país já dispõe de valiosos instrumentos jurídicos que possam ajudar na regulamentação de planos de ação tais como Lei das Autarquias Locais, Lei de Terra Lei e geral de Pesca” Disse para de seguida defender que “é necessário dotar políticas que compensam as contribuições que a lei das autarquias são designados como fundo de equilíbrio financeiro”.
Na ocasião, o representante do Titular da pasta da Administração territorial defendeu que dada a fragilidades da zona insular constata-se com uma certa preocupação os fenómenos como a migrações clandestinas trafico de produtos ilícitos que segundo ele requerem sinergias coletivas para o seu combate.
” As migrações clandestinas e descontroladas, o tráfico de produtos ilícitos, delinquência juvenil e ocupação de posse de terra de forma ilegal constituem fenómenos preocupantes e que requer uma colaboração dos serviços desconcentrados do estado nas regiões de forma a fazer vincar as leis e autoridade do estado com maior eficácia” Asseverou
Para o coordenador do Projecto ONU HABITAT Edinilson Augusto da Silva pretende-se com o resultado, entregar um plano estratégico e espacial, dotando o governo regional de Bolama Bijagós de valiosos de instrumentos de orientação, que a partir de uma visão partilhada, consegue a aglutinar diferentes atores e parceiros do governo, para apoiar um desenvolvimento resiliente e mais equilibrado da região de Bolama Bijagós.
O Plano estratégico hoje discutido é proposto pelo ONU HABITAT e financiado pela União Europeia na base dos trabalhos feitos em Bubaque e Bolama e surgiu do âmbito do encontro entre as prioridades crescentes da União Europeia e África sobre os temas das cidades e urbanização que visa responder as necessidades de ajuda ao desenvolvimento 2021-2027.
Para além de sublinhar ainda que, o plano aspira trazer elementos importantes e de compreensão sobre a dinâmica populacional das ilhas, respeitando sempre as suas ” diversidades e potencialidade ” disse estar convicto que o sucesso do plano em elaboração não depende exclusivamente do seu financiamento, mas também de seu apropriação a diferentes níveis local e político.
Para a Chefe da Cooperação da União Europeia na Guiné-Bissau, Simona Schlede, Um estudo feito pela União Europeia em 2019 aponta que ao nível social e cultural a região não é um espaço homogeneizado e multi-cultura onde convivem diferentes etnias e conveniências de outras culturas e regiões.
Ao nível da governação política a presença do estado é muito reduzida e mesmo inexistente nalgumas ilhas e ao nível socioeconómica tradicionalmente ter riqueza é ter família, mas de acordo com o estudo, hoje os jovens reclamam acesso a educação, saúde e espaço económico