Liga Guineense:sessão de formação em direitos humanos no contexto do estado de emergência


A liga guineense dos direitos humanos, em parceria com o ministério do interior e o alto comissário para covid-19, inicia hoje 22/07/2020 a primeira sessão de formação em direitos humanos no contexto do estado de emergência.
A formação destinadas aos oficiais superiores e subalternos das forças de segurança. Conta com 8 sessões de formação a decorrer em Bissau e nas regiões, onde serão capacitados 160 oficiais.
A cerimônia de abertura presidida pelo secretário do estado da ordem pública, Sr. Mário Fambé, disse que a capacitação dos efetivos das forças de segurança inscreve se no rol das prioridades do ministério de interior e enquadra se na visão de modernização das forças de segurança, de forma a permitir-lhes a interpretar e cumprir com sua missão constitucional . E espera que saiam mais reforçados em termos de conhecimentos que lhes permitirão a exercer suas funções com profissionalismo.


No ato da abertura, o presidente da liga guineense dos direitos humanos, Augusto Mário da Silva, proferiu que as células de alerta precoce instituídas pela LGDH reportaram uma série de casos de violação dos direitos humanos , incluindo detenções arbitrárias e tratamentos degradantes, perpetrados pelas forças de segurança, na tentativa de aplicação das medidas de confinamento. Diss que a melhor forma de mitigar os riscos de violação dos direitos humanos passa pela mudança de abordagem, na intervenção das forças de segurança. Por isso, é imperativo intensificar as medidas de formação profissional para garantir confiança entre população e as forças de segurança.
Para a alta comissária da luta contra o covod-19, a formação é um marco de colaboração com o ministério do interior e liga guineense dos direitos humanos. Magda Robalo, articulou que as contingentes das forças de segurança é vasto, e a colaboração que precisam não é só a nivel das estradas ou nos mercados mas também nas fronteiras.
Magda, apela ao Ministério de interior, dirigentes e oficiais de segurança a serem primeiros a darem exemplos e que sejam embaixadores da população, isto é, que suas atitudes junto das comunidades seja pedagógica.
A iniciativa é apoiada pelo PNUD e UNIOGBIS, inserida na nova visão da segurança pública.