Imigração (reportagem): Abandonados pelo estado, vítimas dos ladrões de gado populares de Badjope entre espada e parede

chefe da tabanca Pedro Vaz vulgo( Natchangan) confirmou que este flagelo migratório não é pratica de hoje mas sim remonta dos tempos de colonização


Por: Francisco Gomes

O abandono e desertificação de aldeias é um problema guineense que se tem vindo a acentuar a partir dos anos 90. Guiné-Bissau em conjunto com outros países africanos, é um dos mais afectados por esta problemática que atinge todo o território nacional estima-se que as aldeias perdem cerca de 78% dos seus jovens que procuram melhores condições de vida seja Bissau ou Dakar capital senegalesa segundo o estudo da Rapport national sur le développement humain en Guinée-Bissau 2006 (PNUD).

A temática das relações causais entre os fluxos migratórios e os processos de desenvolvimento, especialmente no contexto do guineense, tem sido objeto de um interesse académico e político acrescido ao longo da última década e meia.

É neste ambito que a CAP-GB fez deslocar sua equipa até Badjope secção do setor de Cantchungo situado no noroeste da sede setorial cantchungo á nove quilómetros, com uma densidade populacional de 678 habitantes e uma superfície de nove quilómetros , tem como principal atividade económica agricultura , criação de gados e comércio. Também dispõe de uma escola primaria que leciona de pré-escolar( jardim ) a quarto ano de escolaridade com um posto sanitário que não funciona a muito tempo e nem esquadra.

uma escola primaria que leciona de pré-escolar( jardim ) a quarto ano de escolaridade

Vila da etnia maioritariamente Manjaca que veio a ser dominada pela cultura senegalesa devido ao fator migratório dos populares daquela zona para a Republica de Senegal, fato esse que motiva abandono das suas praticas culturais assim como os uses e costume que tradicionalmente faziam no final da época da chuva denominado (cadjar ulek) a lavoura de feijão, adaptando se a cultura da localidade acolhedora, a titulo de exemplo 15 de Agosto festejada no Senegal principalmente na tradição crista, agora é reconhecida e absorvida pelos populares em Badjope.

Na reportagem feita na zona, constatou-se que a tabanca esta totalmente diserta com muitas casas deshabitadas e quase abandonadas. Por isso o chefe da tabanca Pedro Vaz vulgo( Natchangan) confirmou que este flagelo migratório não é pratica de hoje mas sim remonta dos tempos de colonização, devido a pressão que sofriam por parte dos colonialistas portugueses.
E por outro lado tambem questões ligados a procura de melhores condições, com finalidade de poder suportar os impostos das autoridades colonialista na altura e que em certas ocasiões acabavam por ficar no lugar de destino.

Segundo Vaz, isso afetou de que maneira as aldeias, causando o sofrimento da tabancamas tambem acabando por atrair novos migrantes para Badjope, muitos desses migrantes vieram e conservaram seus habitos, acabando por influenciar cultura local.
“A parte menos boa disso tudo é que facilita hoje em dia o roubo dos gados bovinos consumo de drogas e muito mais”.lamento Vaz

Questionado sobre medidas a tomar para minimizar esse sofrimento pedro disse que primeiro é salutar que todas as pessoas que vivem nas tabancas e que estão onde estiver por motivos aleias devem lembrar das raizes, devem pensar que os seus melhores lugares de viver é as suas tabancas ou aldeias onde nasceram.

Segundo medida tem haver com instalação de esquadra nas setores,secções até aldeias mais grandes em termo populacional, e a colaboração dos citadinos para denunciar qualquer ato malicioso nas comunidades.

Foi na mesma perspetiva que os imigrantes filhos e amigos da mesma aldeia em França, preocupados e engajados para por cobro a situação construirão um centro de animação cultural com um salão que pode albergar mais de 100 pessoas e quartos de alojamento, assim como armazém para stock’s dos produtos alimentares que são vendidos pelos moradores local e em ocasião, que é pago pelos imigrantes a partir do estrangeiro.

Ainda reabilitaram alguns pavilhões da escola e implementaram jardim onde doaram matérias escolares, cadeiras, mesas, armários, brinquedos, livros, painéis solares, computadores de mesa com finalidade de criação dum centro de informática e de mais matérias.

Na sua explicação, o responsável da comissão de gestão do centro e da escola Luís Gomes admitiu que os matérias doados vão ser colocados ao dispor dos interesses e benefícios da comunidade para tal apela todas as pessoa com ligação e afeção a tabanca de Badjope a darem o máximo que poder na concretização da obra de construção do centro informático.

Autor: CAP-GB

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