Guiné-Conacri ‘suspensa’ da CEDEAO


A situação na Guiné foi analisada na quarta-feira 08-09 pelos chefes de Estado da CEDEAO reunidos numa cimeira virtual extraordinária, 72 horas após o golpe que derrubou o Presidente Alpha Conde em Conacri e foram anunciadas sanções.
Ainda não houve um comunicado oficial da CEDEAO após esta cimeira extraordinária, mas de acordo com o Ministro dos Negócios Estrangeiros Burkinabe, Alpha Barry, a Guiné está suspensa da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental. A organização regional também exige a libertação imediata do Presidente Alpha Condé e decidiu enviar uma delegação de alto nível à Conacri amanhã, quinta-feira.
Na abertura desta cimeira virtual, o Presidente do Gana Nana Akufo-Addo referiu-se a uma “clara violação” da carta de boa governação da CEDEAO e a um “infeliz e lamentável incidente” para descrever o golpe de Estado liderado pelas forças especiais, sob comando de Coronel Mamady Doumbouya. No domingo, a CEDEAO já tinha condenado a tomada do poder pelos militares e a prisão do Presidente Alpha Conde.
Os Chefes de Estado da região também discutiram a transição no Mali após o envio de uma missão, que terminou na terça-feira e manifestaram preocupação quanto à possibilidade de realizar eleições a tempo. As eleições presidenciais e legislativas deverão realizar-se no próximo mês de Fevereiro, 18 meses após o golpe de Estado de Agosto de 2020.
Após o golpe, a CEDEAO também suspendeu o país e adoptou principalmente sanções económicas.
com, RFI