FMI quer vacinação nos países carenciados paga pelos mais ricos


Ao mesmo tempo é fundamental começar a trabalhar para “aumentar a capacidade de produção” de vacinas nos países em desenvolvimento
A Diretora do Fundo Monetário Internacional, FMI, Kristalina Georgieva, afirmou hoje, à margem da cimeira do G7, que os países ricos e as empresas farmacêuticas devem “pagar” os programas de vacinação contra o coronavírus nos países em desenvolvimento.
Georgieva, que falou por videoconferência no plenário do encontro em Carbis Bay, no sudoeste de Inglaterra, no sábado, e vai voltar a intervir hoje, no último dia do encontro, manifestou-se “impressionada com a seriedade com que os dirigentes do G7 têm abordado a questão de acabar com a pandemia em todo o mundo”.
Os líderes de algumas das democracias mais desenvolvidas do planeta expressaram “um claro reconhecimento” de que ajudar os países em desenvolvimento a combater o coronavírus “não é apenas um imperativo moral, mas um passo necessário para que a recuperação económica seja duradoura”, disse numa conferência de imprensa. “Por isso, temos de assegurar que o mundo faça os países ricos e as empresas pagarem”, frisou a economista Búlgara.
A Diretora-Geral do FMI sublinhou que a medida mais urgente que se deve tomar é organizar a doação de “vacinas excedentárias” aos países mais pobres.
O G7 espera atingir a meta de entregar mil milhões de doses até ao próximo ano, com os Estados Unidos a prometerem 500 milhões e o Reino Unido outros 100 milhões.
A Organização Mundial da Saúde estima serem necessárias 11 mil milhões de doses para vacinar 70% da população mundial, o que quer fazer até meados de 2022, começando por 40% até ao final deste ano.
Ao mesmo tempo, destacou Georgieva, é fundamental começar a trabalhar para “aumentar a capacidade de produção” de vacinas nos países em desenvolvimento.
OPaís