EUA: Presidente Biden torna vacina anti-Covid obrigatória para milhões trabalhadores


U.S. President Joe Biden delivers remarks on the August Jobs Report at the White House in Washington, U.S., September 3, 2021. REUTERS/Kevin Lamarque
O decreto recém-assinado pelo ocupante da Casa Branca impõe já a vacinação obrigatória dos quatro milhões de trabalhadores federais, os do quadro e os contratados pelas agências federais. Juntam-se assim aos militares e pessoal cuidador de instituições subsidiadas pelo Estado Federal.
Os funcionários federais têm 75 dias para apresentarem a vacinação total, sob pena de sanções disciplinares, segundo a porta-voz da Casa Branca. Jen Psaki acrescentou que há “exceções limitadas” a abranger os casos de deficiência ou objeções religiosas.
Para o setor privado, cabe ao Ministério do Trabalho instaurar a obrigatoriedade da vacina ou um teste semanal para os empregados das empresas com mais de cem trabalhadores.
Os organizadores de grandes eventos desportivos, culturais vão ter de condicionar a entrada do público através do certificado vacinal ou um teste negativo.
Travar a epidemia
Máscaras, testes de despistagem continuam. Segundo o comunicado da Casa Branca, o porte de máscaras vai prolongar-se em especial para quem viaja, para entrar em edifícios federais.
Também começa no próximo dia 20 uma campanha nacional a sensibilizar para a vacinação anti-Covid, segundo a porta-voz da Casa Branca.
Longe dos objetivos
Apenas 70% da população dos Estados Unidos — de mais de 330 milhões de habitantes — receberam a vacinação completa.
A porta-voz Jen Psaki procurou contestar a crítica feita durante a conferência de imprensa ao “excesso de confiança” do presidente, que no discurso do Quatro de Julho (a festa da Independência) tinha dado garantias de que “dominámos” a Covid-19.
Segundo o Worldometers de hoje, as infeções de Covid nos EUA totalizam 41.561.156, cerca de 20% do total mundial. Os óbitos totalizam 674.547 e a taxa de letalidade é de 2.024 (por milhão de mortes), o que coloca o país de Biden na 21ª posição mundial. O Brasil ocupa a 9ª com 2.730, o Peru a 1ª, com uma taxa de letalidade perto dos seis mil (5,926) e dobro do número dois em letalidade que é a Hungria (3.124); Cabo Verde está na 95ª posição com a taxa de 565.
EUA, ainda primeira potência
O relançamento da economia prometido concretizar-se-á, disse na mesma ocasião o presidente Biden, através da simplificação dos procedimentos de empréstimos às PME-pequenas e médias empresas, gravemente atingidas pela epidemia.
Na assembleia-geral da ONU do próximo dia 22, o 46º presidente dos EUA vai apelar a uma cimeira mundial, “para resolver a crise de Covid-19 e relançar a vacinação nos países em desenvolvimento”.
Fontes: Washington Post/The Hill/Le Monde.fr/Worldometers.