CEDEAO: Chefes de Estado fazem novo apelo à Eco até 2027




Reunida no domingo 12 de Dezembro em Abuja (Nigéria), a Conferência dos Chefes de Estado da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) discutiu várias questões, incluindo a criação de uma moeda única denominada “Eco”. E fez um (enésimo) apelo para a implementação de medidas neste sentido.
“Os Chefes de Estado e de Governo tomam nota do estado de convergência macroeconómica registado na CEDEAO no primeiro semestre de 2021. Instam os Estados-Membros a tomar as medidas adequadas para cumprir as disposições do Pacto de Convergência e Estabilidade Macroeconómica entre os Estados-Membros da CEDEAO a partir de 2022”, lê-se no comunicado final da reunião.
Assim, a organização pede aos seus estados membros que implementem “políticas e medidas para promover o cumprimento dos critérios de convergência macroeconómica”, para preparar e transmitir “programas de convergência macroeconómica plurianuais à comissão”.
CAP 2027
Além disso, segundo o comunicado, a conferência tomou nota do relatório financeiro sobre o Fundo Especial para as actividades do roteiro revisto da moeda única e encarregou o Presidente da Comissão, Jean-Claude Kassi Brou, de “reforçar a colaboração com os bancos centrais da comunidade, a fim de assegurar um financiamento adequado para a implementação diligente das actividades do roteiro, tendo em vista o lançamento do Eco em 2027.
Os Estados da CEDEAO têm sonhado com uma moeda única há várias décadas. Antigamente prevista para 2020, a futura moeda chamada “Eco” é ainda aguardada, entre outros, devido à falta de entusiasmo observada na Nigéria, o maior mercado da sub-região, que representa cerca de 70% do seu PIB, e à posição dos Estados da UEMOA que tendem a nomear o seu “franco CFA”, o antigo franco das colónias francesas em África, “Eco”.