Castanhas de caju: a produção africana deverá exceder 2,1 milhões de toneladas em 2021


Desde 2015, a África tem assumido a liderança no fornecimento global de caju graças à Costa do Marfim. Se em 2020, a colheita do continente se aguentou bem contra a pandemia do coronavírus, deverá ainda ter um bom desempenho no final desta campanha.
Em 2021, a África continuará a pesar na produção global de caju. De acordo com o último comunicado de imprensa da Aliança Africana do Caju (ACA), a cultura do continente ultrapassará as 2,1 milhões de toneladas de castanhas de caju em 2020, segundo as estimativas.
Com tal volume, espera-se que a África represente 54% da produção mundial projectada entre 3,5 e 3,8 milhões de toneladas em 2021. A maior parte da dinâmica africana será impulsionada pela África Ocidental com um volume previsto entre 1,6 e 1,8 milhões de toneladas da mercadoria até ao final da estação.
Na região, a Costa do Marfim dominará o abastecimento mundial um pouco mais com um stock de 900.000 toneladas, ou mais de 50.000 toneladas em comparação com o ano 2020. Quanto aos outros fornecedores da área, como a Nigéria e o Gana, a tendência será mais para a estagnação. Enquanto a colheita da primeira deverá situar-se entre 210.000 e 250.000 toneladas, a da antiga Costa do Ouro oscilará entre 110.000 e 130.000 toneladas.
Na África Oriental, espera-se um menor crescimento da produção devido ao fraco desempenho na Tanzânia e em Moçambique, os principais produtores da região.
Do lado do processamento, a ACA também se mantém optimista para África. Segundo a organização, os volumes processados deverão aumentar na Costa do Marfim, Nigéria e Benin em 2021 devido a novos investimentos.
Mais globalmente, o consumo mundial de caju deverá continuar a crescer em 2021, graças ao consumo dinâmico nos EUA e na Europa. Esta é mais uma prova da resistência da procura às perturbações causadas pela pandemia de coronavírus.
Eco/Fin