Cabo-Verde: Movimento feminino denúncia ataques machistas contra mulher durante e pós campanha 21 Abril 2021

O movimento social Mulher Inspira Mulher (MIM), na sequência de vídeos e cartazes que andam a circular com expressões de “ataque” a uma candidata, utilizando ideias e chavões sexistas e machistas, mostrou-se descontente, visto que tais atos estão recebendo salvas por parte da sociedade.

O movimento social Mulher Inspira Mulher (MIM), na sequência de vídeos e cartazes que andam a circular com expressões de “ataque” a uma candidata, utilizando ideias e chavões sexistas e machistas, mostrou-se descontente, visto que tais atos estão recebendo salvas por parte da sociedade.

Segundo a presidente do movimento social MIM, Lúcia Brito, o ato merece demarcação política e repúdio público por respeito às mulheres cabo-verdianas e à luta que tem sido feita para a igualdade e equidade de género no país e, particularmente para a participação das mulheres na política, justificando que, isso só mostra que está-se perante uma sociedade que precisa ser educada e trabalhada em todos os sentidos e a todos os níveis.

“Acompanhamos as declarações de diferentes candidatas em diferentes círculos eleitorais e vê-se que as dificuldades que encontram no terreno são enormes, colocando a nu muitos aspetos da nossa matriz social extremamente machista quanto à participação da mulher na vida política e pública”, declarou.

Ainda de acordo com a presidente daquele movimento, assistiu-se nas campanhas para às legislativas, vídeos, mêmes, cartazes, posts anónimos de devassa da vida pessoal, nudez e mensagens extremamente sexistas em que, vê-se tanto a obstrução à participação de figuras femininas na política quanto também a ridicularização da figura masculina comparando-a de forma depreciativa com a feminina tendo por base apenas o género.

Entretanto, Lúcia Brito pede encarecidamente que tenha-se cautela em partilhar materiais dessa natureza porque, aparentemente são inofensivas e têm graça, mas, segundo a mesma, é uma forma de perpetuar de forma massiva e viral mensagens muito estereotipadas e altamente estigmatizantes quanto ao género. “E é preciso que o nosso discurso e a nossa prática sejam coerentes”.

“Certo que num país onde a Igualdade de Género está sendo ensinado nas escolas, num país onde a lei da paridade deve ser transparente, entendido e aceite por todos, não aceitamos estes comportamentos”, enfatizou a presidente do movimento MIM.

Asemana

Autor: CAP-GB

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