ALCENE SIDIBÉ: ” ESPERÁVAMOS UM PEDIDO DE DESCULPAS”


Prestaram pior serviço ao país, tenham vergonha na cara, sejam humildes e colequem os vossos cargos a disposição, e peçam desculpas publicamente.
Os dirigentes de futebol do país, mais uma vez nos envergonharam, prestando mau serviço ao país, no passado dia 11 deste mês, pela tamanha desorganização.
O cancelamento do jogo amigável entre Guiné-Bissau e Angola pela falta de resultados de testes de Covid-19 é uma vergonha e prova inequívoca da desorganização da FFGB.
É gritante o nível de amadorismo que os dirigentes desportivos do país tem demonstrado ao longo dos tempos. Nem é digno de ser chamado de amadorismo se quer. (muito básico).
Uma instituição (Federação de Futebol) que não consegue nem organizar um jogo amigável, não é digno de nos representar.
O mínimo que esperávamos dos dirigentes que lideraram a caravana desportiva é um pedido de desculpa publicamente ao povo guineense, e uma demissão em bloco.
Enquanto cidadão guineense, sinto-me humilhado, ver a imprensa desportiva a dar destaque que o Jogo entre seleções da Guiné-Bissau e Angola foi cancelado por falta de apresentação de resultados de teste de Covid-19 pela seleção guineense. Aliás, todo guineense de bem se sentiria.
Assim que queremos ter na nossa seleção os nossos grandes jogadores? É assim que queremos ter Ansu Fati na nossa seleção? Com esse nível mediucre de organização que queremos ter Dayot Upamecano na nossa seleção, Bruma, entre outros???
Como se não bastasse, no dia seguinte, a instituição federativa do país, emite um comunicado a tentar escamotear a verdade, e tentar enganar o cidadão menos atento. O mais ridículo, com imagem dos resultados dos testes realizados no dia 11 do corrente, no mesmo dia do jogo, confirmando, assim, a alegação da comitiva angolana.
Um comunicado infeliz, sem forma e nem conteúdo, a tentar justicar o injustificavel, enquanto, o povo esperava um pedido de desculpas e responsabilização aos autores desse crime contra os guineenses.
Ainda é tempo de redimir, sejam humildes, coloquem os vossos cargos a disposição e peçam descupas publicamente.
Uma autêntica falta de consideração aos atletas que sempre estão disponíveis para representar as cores nacionais. A esses heróis, e a equipa técnica, endereço os meus votos de encorajamento.
É preciso muita fé, para continuar acreditar nesse país, nos dirigentes desportivos, concretamente. Mas já é hora de mudar, aliás, é preciso mudar.
Esperámos que a nova direção saída das eleições tenha coragem de operar mudanças, não só na estrutura federativa, mas concretamente, na forma de atuar, com ações concretas que possam promover mudanças positivas em prol do futebol em particular, e do país em geral.
Não vamos mais admitir esse nível de desorganização no nosso futebol, os dirigentes têm que estar a altura de acompanhar o progresso da equipa técnica e dos atletas, que colocaram o nome do país na maior prova de futebol continental por duas vezes seguidas.
Por: Alcene Sidibé, Licenciado em Comunicação Organizacional e Jornalismo