A Guiné-Bissau continua a registar subidas drásticas dos casos de covid-19

Últimos dados do Alto comissariado da luta contra a doença, indicam que o país regista dois mil e duzentos e cincos casos, mais de mil e cento e vinte e sete recuperados e trinta e quadro óbitos.

Reagindo a situação caótica que se encontra o país uma das médicas e especialista em medicina legal, Evelise Manuel Biaguê, afirma que, a ignorância da existência do covid-19, pela maioria da população, tem a ver com as questões políticas.

Observações da médica foi registada ontem numa entrevista telefónica.

Entretanto, a Alta comissária manifesta preocupada com a evolução da doença no país, tendo em conta a sua progressão inexorável e espiral de crescimento incerta da pandemia e na ausência de uma vacina ou de um tratamento específico ou preventivo.

O Alto Comissariado para a Covid-19 tem vindo a monitorizar a evolução da pandemia, não obstante todas as dificuldades de coordenação e de meios logísticos e humanos com que se depara.
Perante a situação foi decretado a 27 de Março de 2020 o Estado de Emergência, com o objectivo de retardar a propagação da infeção, contribuir para o achatamento da curva epidémica e limitar o impacto negativo da pandemia no sistema de saúde, na economia e nos outros sectores da vida do país. A declaração do EE levou à promoção de medidas legais com vista a salvaguardar a saúde pública, sem pôr em causa, de forma considerável, os direitos, liberdades e garantias dos cidadãos.
Infelizmente, a aplicação das medidas não só não foi total e holística, em toda a extensão do território nacional, como também houve, derivado da sua implementação, um impacto bastante negativo na economia nacional, no sector da educação e nas relações sociais entre as comunidades e entre as comunidades e as autoridades nacionais.

A cerca sanitária imposta desde o início do Estado de Emergência foi violada pelas próprias autoridades, o que encorajou e desencadeou outras violações por parte da população, nomeadamente a realização de festas privadas e em locais de diversão, a abertura de discotecas, o incumprimento das restrições impostas para funerais e reuniões, transladação de cadáveres, etc. e não há, no presente momento, praticamente nenhum controlo visível por parte das forças de segurança, que devem encorajar o cumprimento das medidas.

O atendimento ao público em algumas instituições do Estado e privadas não respeita nem a medida de distanciamento físico nem do uso obrigatório de máscaras e higienização das mãos, o que ajuda a promover a inobservância por parte da população.

As medidas restritivas em relação aos meios de transporte, para além do incumprimento das medidas de prevenção, levaram à especulação de preços e à utilização de formas “Clandestinas” de transporte de passageiros (veículos privados e motorizadas invadiram o sector dos transportes).

Autor: CAP-GB

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